Reflexões da Palestra no Povoado de Paus Preto
Falar sobre inteligência emocional é falar sobre vínculos, escuta, respeito e principalmente sobre como nossas atitudes influenciam diretamente quem amamos — especialmente os filhos.
Foi com esse olhar que conduzi uma palestra no povoado de Paus Preto, voltada para famílias, professores e alunos, com um tema tão urgente quanto necessário: Como os pais, muitas vezes sem perceber, afastam os filhos emocionalmente, e como podemos reconstruir pontes por meio da escuta e do autoconhecimento.
Por Que Precisamos Falar Sobre Isso?
Vivemos em uma sociedade onde os vínculos estão cada vez mais frágeis.
O excesso de cobrança, o uso desmedido de telas, o estresse diário e a falta de escuta verdadeira têm criado muros entre pais e filhos — em vez de laços.
Muitos pais amam profundamente seus filhos, mas não sabem como demonstrar esse amor de forma emocionalmente saudável.
Sem perceber, acabam afastando seus filhos por atitudes como:
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Falta de tempo ou presença emocional;
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Críticas constantes sem validação emocional;
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Expectativas irreais que geram frustração;
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Falta de diálogo aberto e empático.
O resultado? Filhos que se fecham, sentem que não pertencem, e passam a buscar acolhimento fora de casa — muitas vezes em ambientes inseguros.
A Importância da Inteligência Emocional na Família
Durante a palestra, abordamos o conceito de inteligência emocional como uma ferramenta prática e acessível que todos — pais, professores e alunos — podem aprender a desenvolver.
Ser emocionalmente inteligente não é sobre “controlar sentimentos”, mas sobre reconhecer, acolher e expressar emoções de forma consciente.
No contexto familiar e escolar, isso significa:
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Saber escutar sem interromper;
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Validar o que o outro sente, mesmo que não concorde;
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Nomear as emoções em vez de reprimi-las;
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Criar um ambiente seguro onde todos possam se expressar.
Ferramentas Para Fortalecer a Relação Entre Pais e Filhos
Apresentei ferramentas práticas que podem transformar o dia a dia das famílias e dos educadores:
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Diálogo emocional estruturado – criar momentos intencionais para conversas sinceras.
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Escuta ativa – ouvir sem julgar ou corrigir, apenas com presença.
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Roda das emoções – atividade que ajuda a criança (e o adulto!) a identificar o que sente.
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Validação afetiva – reconhecer o sentimento do filho antes de corrigir o comportamento.
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Constelação familiar sistêmica – ferramenta terapêutica para entender padrões invisíveis herdados que afetam os vínculos.
Essas práticas, quando aplicadas com constância e consciência, mudam a forma como pais e filhos se relacionam.
E mais: elas também fortalecem o vínculo entre professores e alunos, criando um ambiente escolar mais saudável, respeitoso e empático.
Quando o Amor Não É Suficiente
Uma das reflexões mais fortes da palestra foi: “O amor precisa ser comunicado de forma que o outro entenda.”
Muitos pais dizem “eu te amo” com atitudes como prover o lar, trabalhar duro, dar o melhor possível.
Mas filhos — especialmente crianças e adolescentes — precisam ver, sentir e escutar esse amor.
Sem vínculo emocional, o amor se torna invisível.
E um filho que não se sente visto, ouvido ou pertencente, cresce com feridas que muitas vezes se estendem para a vida adulta.
Educação Emocional na Escola Também É Papel de Todos
O ambiente escolar precisa ser um espaço de escuta, pertencimento e acolhimento emocional.
A inteligência emocional deve ser ensinada, praticada e vivida por todos: professores, alunos e comunidade.
Durante o evento em Paus Preto, senti na escuta de cada participante o desejo de mudança.
Famílias querendo se reconectar, professores buscando novas formas de ensinar, jovens pedindo silêncio para serem ouvidos.
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✨ Ainda dá tempo de reconstruir vínculos. Tudo começa com a disposição de escutar — e de sentir.